Mark

TOTEM

VÍDEO NOTEQUAL SS 2021
SETEMBRO 2020
GUIA DE EDIÇÃOls




10"

CENA 1


Fade in
Travelling dos tecidos até as mãos do Fábio

-
Corte seco



04"

CENA 2


Tela preta

-
Corte seco



14"

CENA 3


Plano do cenário vazio com os desfoques que você gravou
(Primeira fala da trilha)


45"

CENA 4


Sobreposição
Divisão da tela em 3 faixas aparecendo em sequencia

Faixa 1: pássaro; Faixa 2: Gorila; Faixa 3: Peixe

Aqui eu deixo os cortes dança por tua conta.

A ideia original era que o Gorila começasse a se mover primeiro, o Pássaro na sequência e o Peixe por último.

Se for possível construir um crescendo dos movimentos com o que temos captado, ótimo.

Tínhamos sugerido uso de framedropping, pra dar uma esquisitice nos movimentos. Up to you.

-
Corte seco

30"

CENA 5


Cena do ritual

Aqui nós temos três planos diferentes gravados. Mantemos na sequência ou mesclamos?

Eu gosto dos dois caminhos, você vai saber dizer o que fica mais bonito.


35"

CENA 6


Cena do sacrifício / do Velho.

Aquele plano dos três personagens juntos girando contra a parede ficou boa, no final das contas? E se usarmos entremeado aqui?

Tipo: o Velho aparece por algns segundos parado com a cabeca nas mãos, cortamos para a cena dos três, depois cortamos para o Velho levantando o braço etc. Ou fica muito boboca?

O que eu PRECISO: depois que a cabeça de cerâmica sai de quadro, gostaria de 20 segundos de imagem congelada do Velho com os braços pra cima - para inserir outro texto na trilha.

-
Corte seco

02"

CENA 7


Tela preta

??"
(sei lá quanto tempo)

CENA 8


Marca NotEqual
Título do vídeo/coleção

Créditos

Logo de apoiadores? Casa de Criadores?
Fábio está nisso

10"

CENA 9


Velho tirando a máscara e saindo de cena.

TRÍPTICO
(ou)
A CONSTRUÇÃO TRIANGULAR DO MUNDO

VÍDEO NOTEQUAL SS 2021
SETEMBRO 2020
ROTEIRO 



"O ritmo se sobrepunha ao balbucio melódico nas nuvens do desejo. Ao bailado circular e ondulante do corpo e das imagens, surge como substituto o monotonal no som e no movimento"
CARVALHO, Flavio de (1973)


"O fim do mundo talvez seja uma breve interrupção de um estado de prazer extasiante que a gente não quer perder."
KRENAK, Ailton (2019)


LOCAÇÃO


Galeria Orlando Lemos (BH)
Captação interna com profundidade no cenário 
Captação externa (possível) aproveitando texturas do edifício 

Sítio 
Captação extra de bônus round (nem estão previstas no roteiro)


PERSONAGENS


A1 - O elemental aquático (Peixe)
A2 - O elemental aéreo (Pássaro)
A3 - O elemental terrestre (Gorila)
B0 - O Velho (ou) o amalgamador (ou) o tempo


TRILHA


Colagem de ambiance lynchiana acompanhando a movimentação da tela mais momentos pontuais de spoken word. Nenhuma captação de som direto. 
 
Moods possíveis:






ABSTRATO


O chamado da mãe criadora. Um concílio de seres fundamentais. A construção do mundo. A dança enquanto criação do movimento. A interação entre os elementos. A ausência incontornável do fogo. Um resquício de civilização trocado como amuleto. O equilíbrio da paz. A oferta da humanidade ao sacrifício. A intempérie do tempo. A destruição e o descomeço. 



INTRO
CONJURAÇÃO


Fade in. Tecidos das roupas dispostos no chão fazendo contraste de texturas entre eles. Plano único, câmera em close passando por detalhes das tramas até chegar na mão da criadora manipulando e tocando os tecidos. Movimentos poucos e sutis. 

Podemos incluir a vinheta NOTEQUAL aqui, sobre a ação, se for o caso. Teremos vinheta?

Corte seco, tela preta. Alguns segundos. 

OBS: gosto da ideia de usar a mão nua do Fábio, mas podemos pintá-la/disfarçá-la.



ATO 1
APRESENTAÇÃO (ou o bailado)


Corte seco. Plano aberto, cenário vazio, a maior profundidade que conseguirmos encontrar sem elementos. Sem movimento. Alguns segundos. 

Divisão da tela em três faixas - aparecendo em sequência sobre o plano anterior (é possível, Paulo?). Cada personagem dominará uma faixa de ação em cenários diferentes. Não precisamos preocupar com equalização de iluminação entre elas (a não ser que fique muito tosco claro, mas a ideia é que cada um esteja em seu próprio tempo-espaço, anyway).

Na primeira faixa, o Pássaro em plano médio, de cócoras e cabeça baixa. Na segunda faixa, o Gorila em plano aberto, de costas. Na terceira faixa, o Peixe em plano fechado, olhando agressivamente para a câmera. Os três personagens formam um triângulo escaleno visto em perspectiva. 

Aqui podemos pensar em pedras esculpidas grotescamente pelo Carlos no concreto, espalhadas pelo chão como cenário minimal.

O Gorila começa a coreografia primeiro, seguido do Pássaro e, por fim, o Peixe. Aqui não temos muito roteiro fixo. Cada personagem tem uma particularidade de movimento, mas a evolução da dança é livre. A câmera é fixa, os atores cuidam de se afastar e aproximar da câmera. É uma dança de chegada e de apresentação - tanto das figuras quanto das roupas. Movimentos ritualísticos, que começam calmos e vão num crescendo. No final há uma baixa de movimentos que é quando aparece o manto do ofertório sendo manipulado (nas mãos? Sobre as roupas? Definimos na hora, já que a peça é frágil)

Só precisamos cuidado para captar o bailado dentro do plano (lembrando que cada elemental ocupa uma faixa vertical da tela).

Ideias de movimentos:

O Gorila é mais vigoroso. Tem ombros travados e a base do movimento é nos cotovelos e nos troncos, com pés pesados e pouca malemolência. Movimentos bruscos, como se carregassem pedras.  

O Pássaro é leve da cintura pra cima. Movimentos amplos dos braços, circulares, angulares nos joelhos. Eles cortam o ar, lembrem-se.

O Peixe é esguio, com foco nas pernas e movimento livre entre os membros. Ele tem domínio do espaço e sabe mudar de angulação rapidamente. 

Paulo, na edição, penso em não seguir uma linearidade da dança. Posso decupar uma sequência aleatória, se você fizer questão - mas, a partir das poses iniciais, podemos dar cortes e montar esse vai e vem de planos e movimentos ao teu bel prazer. E se eles revezassem de faixas nas telas? Podemos discutir isso depois. A única questão narrativa é que os trechos de dança com o manto do ofertório só aparecem no final. Se você achar melhor também podemos manter a linearidade, já que a idéia é que tenha um crescendo. 

Ainda na edição: gostaria que houvesse uma esquisitice temporal entre eles - como se um estivesse um pouco acelerado, outro um pouco mais lento, o terceiro em ritmo normal? Na minha cabeça parece interessante, não sei. Meu sonho é que às vezes também rolasse um "framedropping" na edição, para aumentar a estranheza - mas depois você me diz qual a dificuldade disso e a gente vê.

Corte seco. 



ATO 2
RITUAL (ou a troca)


Corte seco. Plano médio, o mesmo cenário que abriu o ato anterior. Ao centro, no chão, a cabeça sacrificial.  

Momento Marina Abramovic.

Vindos de fora do take, cada um de um lado, o Gorila e o Pássaro caminham devagar em direção um do outro até se encontrarem com a cabeça aos pés, no meio. O Peixe observa ao fundo, no centro da tela. O Pássaro toma do manto e coloca sobre o Gorila, que se prostra com a mão na cabeça (a do chão, não a própria). O Pássaro olha para cima e abre os braços. Câmera fixa. 

Gravamos a mesma cena com os outros personagens. O Gorila colocando o manto sobre o Peixe, que se prostra. O Peixe colocando o manto sobre o Pássaro, que se prostra. etc

Na edição, mesclamos? Ou mostramos a primeira cena na íntegra e as seguintes, resumidas? A ver. 


ATO 3
SACRIFÍCIO 


Corte seco. Externa (talvez?), com os ângulos e texturas do aço corten da galeria. 

O Velho olha altivo para a câmera, cheio de si e paciente como o tempo. A câmera é, a princípio, móvel, com ângulo ligeiramente de baixo para cima - ela tenta fugir do olhar do Velho, como se constrangida, e ele a acompanha até fixar no centro em close.

Ele tem a cabeça sacrificial nas mãos, segurando-a na altura do esterno, braços abertos. Lentamente levanta o objeto, o máximo que pode, e larga, deixando-o cair para fora do take. Sempre encarando a câmera. Mantém os braços vazios para cima por alguns segundos.

Corte seco. 

Vinheta, caso não tenha entrado no começo.
Créditos da produção? 


CENA PÓS-CRÉDITOSSS

chupa, Marvel


Volta o Velho, sequência de onde paramos. Ele desce os braços, tira a máscara e a segura na frente do corpo. Sai de cena e deixa a câmera focando o fundo.


FIM